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Comer é um comportamento?

É estranho para você pensar que comer é um comportamento? Talvez não seja tão estranho pensar assim, mas muitas vezes essa informação é negligenciada quando se busca um emagrecimento a qualquer custo.


Para entender sobre comportamento, vamos pensar em um exemplo: imagine que você é uma estudante de nutrição, que gosta muito de ler sobre a temática e fica muito empolgada quando participa de palestras e cursos. Mas, quando se depara com provas ou contexto de avaliação, você fica bastante ansiosa...





Para analisar o comportamento de ficar ansiosa diante de provas, precisamos entender como foi construída a sua relação com provas, qual o histórico de exigência sobre tirar notas boas (da família, por exemplo), se houve alguma experiência marcante com uma nota baixa durante a infância e adolescência, quais os pensamentos relacionados a contextos de avaliação, o significado de prova para você e por aí vai... Enfim, deve-se buscar entender as variáveis envolvidas no comportamento de fazer prova ao longo da história de vida que possa ter levado ao desenvolvimento da ansiedade.


Assim, comportamento diz respeito a tudo aquilo que fazemos que tenha interferência do passado e do presente, e que geralmente produzem emoções e pensamentos relacionados a essa experiência. Mas não para por aí. Além da história individual, devemos pensar no organismo como um ser biológico e cultural também. Assim, nesse caso, o histórico de ansiedade dos membros da família seria uma informação importante e também o nível de exigência cultural sobre notas boas e sobre ser bem sucedido iria influenciar bastante.

UFA! Muita coisa, né? Como podemos perceber, comportamento não é algo tão simples e não é só questão de “querer” ou “se esforçar” para mudar. Existem muitos aspectos envolvidos.


O mesmo processo acontece com o comportamento alimentar que é construído ao longo da nossa história de vida, desde a infância e adolescência, bem como na vida adulta. Sabemos que, biologicamente, a comida tem função de sobrevivência, mas dá para perceber que ela vai muito além disso quando pensamos na história de vida de cada um. Assim, alguns questionamentos importantes para compreender essa construção são:


Como foi o processo de introdução alimentar?

O que a comida representa para você?

Você lembra de alguma comida que marcou sua infância?

Qual a função da comida para o ambiente familiar onde você cresceu?

O que você pensa durante uma refeição?

O que você sente quando come?


Além disso, não podemos deixar de lado o papel da cultura nessa construção. Já parou para pensar como a comida está presente nos momentos alegres, além do fato de ser um ato afetuoso dar um chocolate para quem você gosta? Essa construção social também é uma variável importante para a construção da relação com a comida.


Sabendo de tudo isso, podemos entender o porquê mudanças drásticas não costumam de sustentar ou se sustentam a base de muito sofrimento. Existe uma história por trás de todo comportamento que não dá para ser desconstruída em um dia. Como posso cortar carboidratos se a comida que eu mais gostava de comer com minha família, nos almoços de domingo, momento mais alegre e esperado da semana, era macarrão? E aquele bolo quentinho que minha avó (saudades dela!) preparava aos sábados? Por isso, se você quer mudar sua relação com a comida, primeiro é importante conhecer sua história de vida e fazer as pazes com ela. Foi ela que te trouxe até aqui! Valorize-a!


Débora Araújo

Psicóloga

CRP: 11/10961


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