Psicopatologia e alimentação
- débora araújo
- Oct 1, 2019
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Apesar dos termos “ansiedade” e “depressão” estarem bem em alta, muitas pessoas não sabem quais os critérios para se fechar diagnóstico dessas psicopatologias. Inclusive, muitos também não sabem, mas o desenvolvimento de uma psicopatologia pode ter impacto direto na alimentação.
Como assim?
Você sabia que um dos critérios de diagnóstico para a depressão é a redução ou o aumento do apetite quase todos os dias? Isso mesmo, as mudanças biológicas ocasionadas pela depressão, além do quadro comportamental envolvido, podem gerar alterações na forma de se relacionar com a comida.
O que isso quer dizer?
Antes de julgar uma pessoa pelo fato dela estar acima do peso porque ela QUER, por falta de FORÇA, FOCO ou FÉ, leve em consideração também os aspectos psicológicos e psiquiátricos envolvidos no quadro.
Ou antes mesmo de ELOGIAR um corpo MAGRO, questione o que está por trás dessa magreza? Se você levar em consideração apenas a estética ou a perda de peso em si, você não saberá os motivos e as possibilidades de sofrimento envolvido, como em caso de perda de emprego, término de casamento e luto pela perda de um ente querido.
Além disso, a sociedade moderna exige um alto desempenho nos âmbitos profissionais, pessoais e intelectuais, de forma que se não houver um cuidado da saúde mental, essas exigências podem gerar um estresse agudo e as chances de desenvolvimento de psicopalogias são maiores. Assim, a frustração por não estar atingindo esses “padrões” exigidos socialmente pode gerar uma fuga para a alimentação e não tem “disciplina” que influencie nisso, se não houver um acompanhamento psicológico.
Mais uma vez enfatizamos aqui a importância de olhar o TODO no momento de avaliar a relação com a comida. É algo muito mais complexo, que está para além do corpo gordo ou magro.
Débora Araújo
Psicóloga
CRP: 11/10961

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